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terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

sexta-feira, 26 de julho de 2013

“Quando o coração toma conta de todo o cérebro e mais nada é processado, senão esse sentimento enorme, não deixando espaço para nada mais é o amor...inunda por completo todos os meus sentidos...e volto a nada mais saber, excepto que te amo perdidamente...e basta isso para que a felicidade permaneça á tona, mantendo o brilho nos meus olhos, que reflectem a tua imagem...límpida e perfeita, como um arco-íris, á beira mar...AMO-TE!!!”

(12-09-2011)

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Receitas de Sucesso

" Nunca fui grande cozinheira, embora os poucos pratos que saiba fazer, dizem quem os prova que são uma delícia, mas sempre que vejo o meu amor a cozinhar, penso quais os truques que podem fazer com que a relação entre um casal funcione. Claro que a resposta mais rápida e evidente é Amor. E está certa. O Amor tem de ser a base de tudo, é como a base da pizza. Mas não chega, porque o amor em si não existe, o que existem são provas de amor.
Já falei várias vezes nas minhas crónicas sobre o poder afrodisíaco do riso e também do poder reconfortante do entendimento. Um homem que faz rir uma mulher está, sem saber, a transmitir-lhe segurança. O riso estimula a produção da endorfina, a chamada hormona da felicidade, a mesma que também é estimulada pela ingestão de chocolates. Um homem que tem essa capacidade e a usa de forma inteligente fica mais perto do nosso coração porque nos faz sentir protegidas por ele. O riso nunca cansa, não se gasta nem envelhece e estimula o entendimento, a tolerância e a empatia que é a capacidade de percebermos o que é importante para o outro. Além disso o riso é contagioso e abre bons precedentes: uma mulher nunca recusa a companhia de um homem que a faça rir, porque já sabe que ele lhe vai fazer bem.
Mas não basta o riso fácil e fluido, porque o verdadeiro amor tem tanto de leve como de profundo. Amar alguém e deixar que alguém no ame, requer confiança. Não uma confiança cega, mas uma confiança que não põe em causa o que o outro diz, ou pensa, ou faz. Sem confiança não há amor verdadeiro; pode haver paixão, tesão, sonho, mas não há partilha, e sem partilha não se pode falar de amor pleno. Não basta amar, é preciso ser amado. Não basta desejar, é preciso que o outro nos deseje. E não basta ouvir o outro; às vezes também é preciso aprender a ceder, mesmo quando nos sentimos cheios de razão. No fundo, é como quem cozinha: nada de misturar sabores que não ligam, como sardinhas e chantilly. E depois é preciso arte e intuição, saber e treino para dosear a intensidade da chama, deitar água na fervura quando é preciso, ser criativo, usar ingredientes frescos e não ter pressa.
Uma grande história de amor constrói-se todos os dias e cresce devagar, como uma árvore. E para crescer bem, tem de ser regada, adubada, podada, mimada. A base do sucesso no amor está assente em dois segredos: reciprocidade e dedicação. E voltamos de novo ao território da confiança. É preciso que o nosso amor saiba que estamos sempre ali para ele, para o que der e vier, que não falhamos, que somos fortes como rochas e que os nossos braços são o porto de abrigo mais desejado.
Riso, confiança, entendimento, segurança e intimidade. Nada destas coisas se compra ou se adquire por decreto, apenas por mérito. Com persistência, com consistência, com disciplina e sobretudo com muita vontade. O tempo é o nosso maior aliado, porque, tal como a cozinha precisa de tempo, se o nosso amor tem tempo para nós, então podemos ir juntos até ao fim do mundo, mesmo que o fim do mundo seja no extremo do jardim onde há salsa, hortelã e orégãos frescos para temperar os dias, todos os dias que quisermos, até ao fim da nossa vida."

Margarida Rebelo Pinto